Legitimação do título, que já era usado popularmente, atesta o potencial e movimenta setores

Agora, Pelotas é reconhecida oficialmente como Capital Nacional do Doce. O título foi conferido pela Lei Federal Nº 14.867, publicada na última quarta-feira no Diário Oficial da União, com sanção do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A publicação legitima a denominação que já era usada popularmente, certificando o potencial doceiro do município no cenário nacional e atribuindo maior destaque à Feira Nacional do Doce (Fenadoce).

Anterior à sanção do projeto de lei, o relator, senador Paulo Paim (PT-RS), relembrou, em relatório, que as tradições doceiras de Pelotas foram reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil no ano de 2018. Segundo Paim, doces famosos como ambrosia, quindim ou bem-casado, além de outros exemplos, formaram a reputação da cultura doceira do município, representando um contexto histórico e cultural, e amarrando a diversidade de grupos étnicos e sociais da cidade.

Representatividade
Para a proprietária da Imperatriz Doces Finos, Maria Helena Hank, a oficialização do título de Capital Nacional do Doce desencadeia o sentimento de reconhecimento por um conjunto de tradição e história, sobre algo que já era patente para os que vivem de maneira intensa os doces de Pelotas. Para a empreendedora e doceira, o reconhecimento nacional oficializado agrega valor à cidade, movimentando e incentivando o crescimento não apenas no sentido empresarial.

“Para as empresas, pode vir a ser uma maior visibilidade, valorização, credibilidade. E, na cidade, auxilia na promoção do turismo, alavancando uma série de setores e movimentando a economia. Para que isso aconteça, precisamos unir forças junto aos órgãos competentes, tanto públicos quanto privados, para que isso se desenvolva na nossa Capital do Doce, pois o produto de ouro já temos, o doce”, explicou Hank.

Fenadoce segue sem data
Neste ano, em função da situação de crise climática vivida no Rio Grande do Sul, a 30ª edição da Fenadoce foi adiada, e o futuro da festa permanece em indefinição. Segundo a assessoria de comunicação do evento, ainda não foi realizada reunião de conselho para tratar sobre o tema. ​

Em nota divulgada no início do mês de maio, foi informado que uma nova data seria marcada. Conforme o texto, a “decisão é uma resposta ao cenário crítico atual, considerando que a prioridade é para que a população gaúcha esteja em segurança”. Caso não houvesse o adiamento, a abertura da Fenadoce teria ocorrido, também, na última quarta-feira, mesmo dia em que Pelotas recebeu a qualificação oficial de Capital Nacional do Doce.

Impactos e esperança
Com relação aos eventos causados pela crise climática no RS, que levaram ao adiamento da Fenadoce, Maria Helena diz que já foram sentidos os impactos negativos no sentido da demanda diária da empresa, logística e diversos setores, pois já havia um planejamento em cima do evento. Apesar disso, a doceira diz que a obtenção deste título em um momento tão complicado pode servir de alento e esperança de dias melhores. “Acreditamos que, junto à Fenadoce e às empresas que apostam e investem na mesma, isso fará com que possamos viver um novo normal de muita confiança. Esse reconhecimento veio para nos fortalecer como um todo, doce, empresa, Fenadoce, cidade e o produto, fazendo com que tenhamos esperança de que logo essa situação ficará na história”, completou.

Com Diário Popular

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